Projetos integrados promovem impacto cultural de Economia Criativa e Afrovivências, irradiando arte, cultura e ancestralidade negra no centro histórico de Cuiabá.
Sob a liderança de Silviane Ramos, Gilda Portella e Maria das Dores Ramos, os projetos Potências Negras Criativas, Saberes e Sabores Quilombolas e Nas Trilhas da Pequena África de Cuiabá realizaram, com apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), da Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá (Smcel) e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso (CEPIR/MT), a Feira de Economias Criativas e Afrovivências Integradas. O evento teve como palco o centro histórico de Cuiabá, com atividades na Casa do Centro MT e no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (MISC).
Na Casa do Centro, o público pôde apreciar uma exposição de arte afro-brasileira e visitar estandes de produtos das Economias Criativas. Afroempreendedores, mulheres quilombolas, indígenas e ciganas comercializaram seus produtos, valorizando a diversidade cultural e étnica. No MISC, foram realizadas palestras e formações voltadas ao afroempreendedorismo e aos saberes negros, destacando a importância da troca de conhecimentos, da identidade visual, do marketing e do uso estratégico das redes sociais como ferramentas para expandir os saberes locais ao mundo.
As atrações musicais e performances animaram os presentes, que cantavam, sambavam e se divertiam em um encerramento vibrante — um lembrete da força ancestral dos tambores e batuques africanos que permeiam a cultura brasileira.
Foram dias de intensa vivência no verdadeiro quilombo urbano, onde criação, aprendizado e celebração se entrelaçaram. Caminhadas com intervenções culturais pelos marcos históricos do centro cuiabano integraram a programação gratuita e inclusiva, com foco na economia criativa, no afroempreendedorismo e na sustentabilidade cultural.
Mais do que um espaço de comercialização, o evento se transformou em um território de encontros, afetos e resistência. Um espaço de construção coletiva que fortalece redes negras de criação e autonomia, enaltecendo saberes ancestrais e manifestações contemporâneas da cultura afro-brasileira.
“Dias para compartilhar, ouvir e sentir novas vozes ecoando nossas memórias e histórias. Cada estande é uma narrativa viva, cada atração é um ato de educação sociocultural antirracista”, destaca uma das organizadoras.
Viva! Foram dias de celebrar e impulsionar a força criativa das Afrovivências Integradas.